Nunca te esqueças de quem és!
Olha-te ao espelho todos os dias e reconhece na tua cara a justiça, a serenidade e a coragem. Na rua, levanta a cabeça com orgulho. Ainda que mais ninguém saiba, estarás lá para nos proteger a todos e, quando necessário, agirás, sem hesitação.
Nunca te esqueças de quem és porque, no dia seguinte, terás de olhar novamente o espelho e continuar a reconhecer na tua própria cara, a justiça, a serenidade e a coragem.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Classificados

Têm surgido, ultimamente, alguns anúncios de pessoas mais ou menos bem (in) formadas que querem vender o seu produto.

Até aqui, tudo normal.

Faz parte das regras de mercado que, numa política de venda mais ou menos agressiva, se tente iludir o consumidor a comprar aquilo que se está a vender, ainda que o produto não seja exatamente aquilo que vem no rótulo.

Os exemplos de vendedores ambulantes de opinião são inúmeros, e permito-me destacar apenas os que me estão mais frescos na memória.

1.       Secretários de Estado que chamam guardas aos polícias e que os comparam a funcionários públicos;
2.       Ex-Presidentes de países amigos que louvam a GNR pela sua brutal experiência no controlo de motins em Portugal;
3.       Historiadores que acusam a PSP de cargas feitas em pontes… pela GNR;
4.       Vítimas inocentes do holocausto de 14 de Novembro de 2012 que acham perfeitamente normal conviverem (partindo do salutar princípio de que até não tinham nada a ver com aquilo) com duas horas de chuva de pedras, assim como ignorarem ordens legítimas da força de segurança para dispersar, cometendo assim um crime (para os menos avisados, momento legalista deste comentário, artigo 304.º do Código Penal);
5.       Advogados destas vítimas do holocausto de 14 de Novembro, que juram a pés juntos, sem nunca lá terem estado, que estes inocentes foram vítimas da brutalidade excessiva dos polícias e do atropelo dos seus direitos;
6.       Jornalistas que patrocinam e dão tempo de antena, até à exaustão, a todo este conjunto de pessoas.

Vale tudo!

Ora, se a política de mercado para vender opinião à custa da Polícia permitiu chegar até aqui, não me levarão a mal que aproveite o ensejo para vender o meu próprio produto também, aproveitando esta secção de classificados que estes senhores brilhantemente construíram.

E o que é que eu vendo? Exatamente, estes mesmos senhores (e outros que tais), mal formados ou mal informados, que produzem opinião sobre factos, pessoas e instituições que não conhecem (mas deviam conhecer), abordando assuntos de forma leviana e superficial, criando na opinião pública confusão e conflito social.

Vendo baratinho.

Na altamente provável possibilidade de ninguém os querer comprar, troco-os. Por silêncio.

DBL